Alison Rampazzo – Líder de Portfólio da Linha Hortifruti da Corteva Agriscience
A batata é um dos alimentos mais consumidos do planeta e o tubérculo é plantado em mais de 130 países, cobrindo cerca de 20 milhões de hectares, que resultam na produção de mais de 400 milhões de toneladas de batatas por ano.
No Brasil, estima-se que existam 100 mil hectares da cultura espalhados por diversos estados do país, gerando uma produção de 3,8 milhões de toneladas. A maior parte desta produção é comercializada in natura, sendo em torno de 25-30% destinados ao processamento industrial, nas formas de pré-frita congelada (500 mil ton), chips e batata palha (250 mil ton).
Consumo per capita no Brasil
Fonte: ABBA 2020
Mais produtividade
No Brasil, são cerca de dois mil produtores, que geram mais 30 mil postos de trabalho diretos e indiretos. A cadeia produtiva da batata tem um papel importantíssimo com PIB, entre R$ 4 e R$ 5 bilhões, até a porteira da propriedade do agricultor.
No entanto, os desafios até chegar à mesa do consumidor com qualidade são grandes. Para isso, todo o processo produtivo, desde a escolha da batata semente até a colheita e lavagem, são críticos para o sucesso da operação.
Vale destacar que no cenário atual da cultura, fatores como: qualidade da semente, manejo do solo, irrigação, fitossanidade e mecanização, são os destaques para melhoria dos tetos produtivos. Por outro lado, alguns fatores corroboram como negativos para ganho de produtividade, como as pragas (larva-alfinete, larva-minadora, mosca-branca), doenças (requeima, canela preta, sarna comum, fusariose, e pinta-preta), material genético de baixa qualidade, alto custo de mão de obra, e até mesmo falta de crédito.
Viabilidade
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A cultura da batata no Brasil é voltada basicamente para o consumo doméstico (mercado interno), diretamente ligado à oferta e demanda do mercado. Neste sentido, a relação de rentabilidade para o produtor tem sofrido significativa volatilidade.
Uma maior exigência dos consumidores pela classificação da batata no mercado quanto às aptidões culinárias (qualidade intrínseca das cultivares) poderiam elevar a valorização do produto nacional, assim como as formas de apresentação do produto nas gondolas dos supermercados, rastreabilidade, marcas, etc.