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Carlos Henrique Eiterer de Souza
Engenheiro agrônomo, doutor em Agronomia, professor adjunto do Centro Universitário de Patos de Minas – UNIPAM e Diretor de Pesquisa & Desenvolvimento da Geociclo Biotecnologia S/A
Roberta Fusconi
Bióloga, doutora em Biologia e consultora técnica em Microbiologia/Pesquisa & Desenvolvimento Geociclo Biotecnologia S/A
A agricultura brasileira ano a ano tem se destacado no cenário mundial por consecutivos recordes de produção, alavancando e tornando-se braço importante da economia nacional. Apesar das imprevisibilidades cambiais e climáticas, na última safra batemos a casa de 200 milhões de toneladas de grãos colhidos, e ainda somos grandes produtores e exportadores de produtos como soja, café, frutas tropicais, além de determos grande fatia do mercado internacional de produtos derivados de suÃnos, aves e bovinos.
No entanto, para mantermos a atividade competitiva somos reféns, principalmente devido às características dos nossos solos, da utilização maciça de fertilizantes de baixa eficiência e produtos para o estímulo do desenvolvimento vegetal associado ao controle ou prevenção da incidência de pragas e doenças. Nesse sentido, a agricultura busca a quebra de paradigmas afim do aumento dos Ãndices produtivos, controle mais eficiente dos custos de produção e relações entre investimentos e lucratividade da atividade produtiva.
Vantagens competitivas recaem sobre a agricultura de Cerrado, na qual o relevo se caracteriza por extensas áreas planas a levemente onduladas constituÃdas por solos profundos, porosos e com baixa retenção de água. Tais características permitem o emprego de mecanização constante e o cultivo de mais de duas safras anualmente.
No entanto, também são responsáveis pelo emprego de altas doses de fertilizantes e da baixa eficiência na sua utilização. Estima-se que, para cada 100 kg aplicados, sejam aproveitados pelas plantas 50 kg de nitrogênio, 70 kg de potássio e entre 20 e 35 kg de fósforo.
Mitos e verdades
Tema de discussões diversas, essa temática vem sendo debatida nos últimos anos e, de maneira geral, fatalmente a mudança desses números passará pela melhora da qualidade e tecnologia empregada nos fertilizantes, bem como das técnicas ou práticas envolvidas na sua utilização e manejo geral da lavoura.
Nesse contexto, um dos pontos importantes envolve as características químicas dos solos, que apresentam em sua maioria baixa fertilidade natural associada à baixa atividade de suas argilas, que conceitualmente denominamos como CTC (Capacidade de Troca Catiônica). A CTC é a responsável pelo fornecimento de nutrientes catiônicos às plantas como potássio, cálcio e magnésio, retenção de água e equilíbrio entre presença de formas disponíveis de nutrientes como fósforo e micronutrientes.
Uma vez que a qualidade química é diretamente relacionada ao tipo de argila presente nos solos, uma forma de alterá-la seria o aumento de substâncias húmicas, conhecidas como matéria orgânica do solo ou húmus. Naturalmente as substâncias húmicas são provenientes da decomposição de resíduos vegetais e animais promovidas pela atividade de microrganismos presentes no próprio solo, e condicionados principalmente por fatores como resíduos, umidade e temperatura.
Assim, a matéria orgânica humificada é de fundamental importância para a qualidade do solo, uma vez que desempenha papel primordial nas mudanças das características físicas, químicas e biológicas do solo.
Além de estimular a atividade microbiana do solo e ser fonte de macro e micronutrientes essências às plantas, a adição de matéria orgânica propicia melhorias na estrutura do solo, na aeração, e na capacidade de retenção de água. A soma destas melhorias favorece o enraizamento das plantas no solo e um crescimento mais equilibrado das culturas.
Incremento do solo
Uma das formas de adicionar matéria orgânica ao solo das lavouras é a utilização de composto orgânico proveniente de processos de compostagem de resíduos do setor produtivo. Estes resíduos, hoje considerados subprodutos ou matérias-primas, segundo o Ministério da Agricultura e Abastecimento (MAPA), podem ser de origem industrial, urbana ou rural, vegetal ou animal, enriquecido ou não com nutrientes minerais.
O processo de compostagem para a produção de fertilizantes orgânicos é reconhecido e normatizado pelo MAPA, e promove e garante a produção de adubos orgânicos isentos de contaminantes químicos e biológicos, com garantias nutricionais adequadas a o seu uso.
Contudo, existem dificuldades no mercado quanto à credibilidade de fornecedores de compostos orgânicos, caracterizado pela informalidade, baixa qualidade ou não garantia da qualidade do que é entregue aos produtores.
Neste contexto, a Geociclo Biotecnologia S/A, a partir de uma preocupação com os impactos ambientais associados à geração de resíduos do setor agroindustrial, e a maximização da eficiência do uso de nutrientes na agricultura, tem desenvolvido e disponibilizado ao mercado fertilizantes especiais de elevada eficiência agronômica.
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