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Fertilizante de liberação lenta no cultivo florestal

Conhecer a necessidade nutricional de cada espécie, além de realizar a adubação de forma racional, propiciam ao produtor maior garantia na qualidade das mudas.

Gabriel Bazanela de Agostini
Graduando em Engenharia Florestal – Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT)
gabrielbazanela@hotmail.com

Überson Boaretto Rossa
Doutor e professor de Ciências Agrarias – Instituto Federal Catarinense (IFC)
boarettorossa@gmail.com

Jaçanan Eloisa de Freitas Milani
Engenheira florestal e professora – UFMT
jacanan.milani@gmail.com

Para avaliar a qualidade da muda, tem se utilizado de padrões morfológicos, por ser uma análise rápida, fácil e de baixo custo. As características morfológicas estão intimamente relacionadas com a disponibilidade de nutrientes ofertados no início do desenvolvimento da planta.

Crédito: Shutterstock

Para isso, o substrato, entendido como a matéria que proporciona o desenvolvimento da planta, muitas vezes não apresenta quantidades satisfatórias de nutrientes que proporcionem o pleno desenvolvimento do vegetal.

Para solucionar a questão, é preciso realizar a adubação dos substratos a fim de garantir o suprimento nutricional necessário, acarretando na melhoria da resistência das plantas, o que aumenta a chance de sobrevivência das mudas ao serem implementadas em campo.

Contudo, deve-se observar sempre o regime de adubação de forma a manter o equilíbrio nutricional do substrato utilizado. Isso porque a aplicação excessiva de fertilizantes, além de representar alto custo ao produtor, pode acarretar também problemas de toxidez e inibição de alguns nutrientes por excesso de outros.

Dessa forma, conhecer a necessidade nutricional de cada espécie, além de realizar a adubação de forma racional, propiciam ao produtor maior garantia na qualidade das mudas, além de redução no custo de produção.

Nutrição inteligente

Neste viés, aliado à necessidade de reduzir a lixiviação dos nutrientes causada pela grande frequência de irrigação nos viveiros florestais, os fertilizantes de liberação lenta (FLL) constituem uma alternativa interessante na superação destes problemas.

Este tipo de adubo possui uma formulação baseada em compostos solúveis, sendo eles os macronutrientes primários, nitrogênio (N), fósforo (P), potássio (K) e alguns micronutrientes, revestidos por uma membrana orgânica semipermeável, responsiva a temperatura e umidade que, a partir de movimentos de contração e dilatação, libera de forma gradual e osmótica os nutrientes no substrato.

Investimento

A adubação com fertilização de liberação lenta tem custo elevado de aquisição do insumo, quando comparada aos fertilizantes de fontes solúveis. Porém, por dispensar gastos com implementos de fertirrigação e com mão de obra, seja ela para realizar adubações manuais ou também por reduzir a necessidade de reaplicação em curtos períodos de tempo, o fertilizante de liberação lenta torna o custo unitário por muda economicamente viável, como apontam estudos do pesquisador Überson Boaretto Rossa e colaboradores.

Além disso, nota-se que, quando não aplicado de forma correta, os fertilizantes solúveis podem ocasionar a queima das raízes, acarretando problemas na absorção tanto dos nutrientes como de água, e em casos mais extremos, levando à morte do vegetal.

Isso não ocorre com o FLL, pois a liberação lenta proporciona suprimento nutricional constante durante todo o período, evitando excesso de nutrientes e, consequentemente, reduzindo as perdas por lixiviação.

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