A produção de noz-pecã, um fruto originário dos Estados Unidos e do México, não para de crescer no Brasil. Atualmente, o Rio Grande do Sul possui a maior área plantada de cultura no país, são cerca de 7 mil hectares e uma produção deve atingir cerca de 7 mil toneladas em 2023, conforme a Secretária de Agricultura do RS.
Para atender esse crescimento, a Divinut, empresa reconhecida como a maior processadora de noz-pecã do hemisfério sul, inaugurou em julho deste ano uma planta industrial na cidade de Cachoeira do Sul.
Infraestrutura
A nova planta ocupará uma área de 2,1 mil metros quadrados, um aumento significativo em relação aos atuais 750 metros quadrados. Novas máquinas e equipamentos foram incorporados, como a aquisição de 11 descascadoras e seis seletoras de fruto.
Edson Ortiz, CEO fundador da Divinut, explica que o processamento da empresa passará de 5,0 toneladas/dia, para uma capacidade instalada de 30 toneladas/dia. Os investimentos para a inauguração da nova planta totalizaram mais de R$ 6 milhões, sendo parte proveniente de capital próprio e outra parte obtida de financiamentos.
Diferenciais
Uma das principais novidades da nova planta é a introdução de tecnologias de ponta no processo de descascamento e seleção das nozes. Além disso, a planta contará com três guichês de recepção e um moderno terminal de expedição de contêineres.
A automação de controles nos pontos de variação térmica e a rastreabilidade codificada garantirão a qualidade e a segurança dos produtos. Balanças de fluxo integradas automatizam o controle de informações de lotes, desde o campo até a expedição.
“Estamos buscando a noz-pecã 4.0, utilizando tecnologia avançada para aprimorar nossos processos e atender às expectativas de nossos clientes”, afirma.
Exportações
Atualmente, a empresa conta com quatro mil produtores parceiros em 600 municípios do Sul do Brasil, sendo a maioria proveniente da agricultura familiar. Possui o maior viveiro de mudas com raízes embaladas do mundo, com 400 mil mudas em área coberta.
Com a nova planta, a Divinut espera atender o apetite do mercado externo, que também está em alta. De acordo com Ortiz, a estimativa é de que 70% da produção em 2023 seja destinada à exportação. Em 2022, exportou mais de 200 toneladas em embarques, alta de 2.400% frente às oito toneladas comercializadas em 2021.
“Os mercados que conheceram o produto gaúcho já sinalizaram interesse em garantir estoques para este ano, que deve ser marcado por uma safra ainda maior no Estado. Além da Europa e do Oriente Médio, há negociações em andamento com países asiáticos e norte-americanos, incluindo os Estados Unidos”, revela Ortiz.