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Menor fitotoxidez por agroquímicos em algodão

Proteja suas plantas e aumente a produtividade com menor fitotoxidez por agroquímicos no cultivo do algodão.

Rayla Nemis de Souza
nemisrayla@gmail.com
Rafael Rosa Rocha
rafaelrochaagro@outlook.com
Engenheiros agrônomos e mestres em Ambiente e Sistemas de Produção Agrícola – Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT)

A cultura do algodoeiro é muito sensível à interferência exercida pelas plantas daninhas. Além de concorrer por luz, água, nutrientes e outros fatores de produção, algumas espécies infestantes também podem dificultar a colheita do algodão e depreciar a qualidade da fibra colhida.
O manejo das plantas daninhas por meio de herbicidas é o principal método de controle empregado, tanto no sistema convencional de manejo do solo como no plantio direto. Apesar de sua inquestionável importância, problemas com fitotoxicidade de herbicidas ocorrem com frequência no Brasil, o que pode comprometer a produtividade do algodão.

Créditos: Pixabay

Atenção

A seletividade de herbicidas é uma das principais características observadas durante a escolha da molécula a ser pulverizada na lavoura. Quando um herbicida consegue controlar de forma eficaz as plantas daninhas em meio à área cultivada com a cultura de interesse, sem que a plantação sofra injúrias, essa molécula é seletiva à cultura, o que significa que seu uso não implicará na redução da produtividade da lavoura.
Inúmeros atributos podem interferir sobre essa característica, como o modo de aplicação, dose utilizada, as características físico-químicas do herbicida, o estádio fenológico da planta no momento da aplicação ou a similaridade às plantas daninhas.
Quando realizada uma aplicação de um herbicida não seletivo à cultura de interesse, esta pode causar estresse sobre as plantas cultivadas, interferindo sobre processos enzimáticos, desencadeando reações oxidativas que geram radicais livres na planta.

Pesquisas

Nos últimos anos, alguns estudos foram realizados sobre o efeito de biorreguladores e fisioativadores em plantas estressadas por herbicidas.
Uma possibilidade de amenizar os efeitos dos herbicidas é o uso de substâncias (biorreguladores e fisioativadores) aplicadas visando melhorar a eficiência nutricional e a tolerância a estresses abióticos.
Estes efeitos são atribuídos à presença de substâncias naturais ou sintéticas, tais como macro ou micronutrientes, minerais, aminoácidos, extratos vegetais, carboidratos, glicina betaína e bioestimulantes, combinados ou não com biorreguladores, direcionados para uso em diversas espécies vegetais de interesse agronômico.
Sua função é proporcionar vigor ao sistema fisiológico da planta, para alcançar o equilíbrio na disponibilidade dos nutrientes essenciais para o metabolismo vegetal, fazendo com que o sistema fisiológico exerça sua função vital, sem sofrer prejuízos quando submetido a estresses bióticos e abióticos, como déficit hídrico, temperatura, ataque de patógenos ou estresse, caudados por herbicidas.
Dessa forma, estes compostos podem alterar, inibir ou modificar processos bioquímicos nas plantas, causando diferentes respostas fisiológicas, podendo conferir maior tolerância à ação fitotóxica do herbicida.

Quais são as opções?

Dentre os bioestimulantes utilizados na agricultura estão os derivados da alga Ascophyllum nodosum (L.), originária dos mares árticos e atlântico norte sob condições ambientais extremas.
A gama de compostos presentes no extrato de algas possui funções no metabolismo do algodoeiro, além da potencialização dos sinais químicos, podendo auxiliar a planta a superar condições climáticas e de manejo adversas.
Dessa forma, a habilidade do algodoeiro em competir com plantas daninhas e sua capacidade de recuperação das injúrias causadas pelo herbicida pode ser incrementada pela utilização destes compostos, garantindo vantagens na síntese de fotoassimilados e enchimento de grãos.

Quais são as vantagens?

Inúmeras são as vantagens da utilização de algas nas lavouras de algodão, como maior desenvolvimento vegetativo, potencialização da ativação do sistema reprodutivo, resultando em mais flores, menores perdas na produtividade da cultura em condições de estresses bióticos e abióticos, além de atuar como percussor na síntese da clorofila, potencializando a fotossíntese.

Investimento

O custo da aplicação de Ascophyllum nodosum depende de sua concentração, dosagens e momentos de aplicação recomendados por cada empresa, podendo variar de R$ 30,00/ha até R$ 150,00/ha. A concentração de ingrediente ativo é muito importante para determinação da dosagem por hectare.
Os bioativadores, pensando em redução de fitotoxidez, são aplicados na pulverização foliar para manter a sanidade vegetal, além de promover melhor e maior formação de flores e uniformidade das maçãs do algodão, resultando em maior produtividade de plumas.
Isso porque o Ascophyllum faz com que a planta expresse o seu potencial genético por estimular diversos mecanismos fisiológicos, auxiliando a planta a tolerar ou se recuperar dos estresses causados por falta ou excesso de água, insolação, fitotoxidade, entre outros.

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