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NPK – importância para as plantas

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Bruno Tito Ramim Moura
brunormoura07@gmail.com
Luiz Gabriel Gandaio Nogueira
eng.agrogabriel@outlook.com
Graduando em Agronomia – Centro Universitário de Ourinhos (Unifio)
Adilson Pimentel Júnior
Professor de Agronomia – Unifio
adilson_pimentel@outlook.com

A princípio, todas as plantas, para terem um bom desenvolvimento, necessitam de solo, água, luz, oxigênio e nutrientes. No aspecto nutricional, é necessário ter um equilíbrio entre os elementos presentes no meio de desenvolvimento do vegetal, devido à produção ser limitada pela quantidade do elemento nutricional, ou seja, aquele que estiver em menor quantidade limita a absorção dos que se apresentam em quantidades ideais.
Os fertilizantes considerados essenciais para as plantas são o nitrogênio, fósforo e o potássio, conhecidos pela sigla NPK, são os mais importantes para as plantas, requeridos em maiores quantidades e denominados como macronutrientes primários.

O papel de cada um

  • Nitrogênio: este elemento é constituinte de proteínas, aminoácidos, pigmentos, hormônios, DNA, RNA e vitaminas. Responsável pelo crescimento da planta, é constituinte da molécula da clorofila, auxiliando na coloração verde escura da folha e também atua no desenvolvimento do sistema radicular;
  • Fósforo: participa nos processos de trocas de energia (ATP), na divisão celular (DNA/RNA) e constituição de estruturas dos vegetais; e
  • Potássio: sua principal função na planta é ser um ativador enzimático, atuando em mais de 120 enzimas, nos mais diversos processos vitais da planta. Também tem papel importante na regulação da turgidez dos tecidos, resistência à geada, seca e salinidade, abertura e fechamento dos estômatos, resistência a moléstias e resistência ao acamamento.
    Os fertilizantes NPK são comercializados em diversas formulações, devendo ser utilizados de forma racional, conforme uma análise prévia nutricional do solo e a necessidade da cultura, promovendo um bom desenvolvimento e evitando perdas dos nutrientes no solo.

Benefícios

Sempre que uma cultura se desenvolve, a mesma demanda de nutrientes, e como visto o NPK é, geralmente, o mais requisitado e assimilado. Com isso, quando se tem a colheita ou a planta entra em senescência, é necessário a preparação de uma nova área, o que leva à recomendação de um novo suprimento correto do fertilizante.
O cálculo de quanto aplicar é baseado na análise de solo, em amostras coletadas nas profundidades de 0 – 20 cm e de 20 – 40cm, dependendo da cultura a ser trabalhada.

Manejo

A análise de solo, a escolha da cultura e o suprimento nutricional são a premissas para quem busca resultados eficientes de uma lavoura. Para uma amostragem correta, o primeiro passo é dividir a área em glebas, levando em consideração o histórico da área, como tipo de solo, produção, cultivo anterior, área de várzea ou encostas e o tipo de cultivo, podendo ser plantas anuais ou perenes. Cada gleba não deve ser maior que 20 hectares.
O segundo passo é retirar as amostras com materiais já existentes para realizar a atividade (trado holandês, trado de rosca ou sonda). Após separar as glebas, a escolha do local deve ser feita em zigue-zague, e na escolha do ponto é necessário limpar a superfície para a retirada.
Recomenda-se coletar de 15 a 20 pontos para formar a amostra composta. Após isso deve-se preparar a amostra em uma embalagem limpa e fazer a identificação.
Com os dados laboratoriais é possível realizar a interpretação através de tabelas feitas por centros de pesquisas ou até mesmo o Boletim 100, que é baseado nos teores mostrados na análise e em uma produtividade esperada em determinada área.

Classificação

Os fertilizantes NPK são classificados de acordo com suas partes presentes em 100 kg de material. Os mais conhecidos são:

  • 4-14-8: ideal para espécies que produzem flores e frutos. É ideal para ser aplicada no momento do plantio e no preparo do solo devido ao seu alto teor de fósforo;
  • 10-10-10: essa fórmula é destinada a espécies que não florescem e não produzem frutos, como as folhagens. Também é ideal para plantas já formadas e pode ser usada em flores, hortaliças e frutíferas;
  • 15-15-20: essa fórmula é rica em potássio e considerada bem prática, uma vez que pode ser usada também no cultivo hidropônico, indicada especialmente para hortas e frutíferas em plena floração.
    Existe ainda o mercado de fórmulas preparadas especialmente para suprir a necessidade do produtor em relação à recomendação de adubação elaborada pelo engenheiro agrônomo de sua confiança.

Recomendações

A aplicação dos fertilizantes deve levar em consideração a época em que cada planta mais demanda os nutrientes. Por exemplo, durante os meses de outono e inverno, as plantas diminuem suas atividades e precisam de menos nutrientes.
As adubações devem ser realizadas antes do período de florescimento e após a colheita ou poda. O excesso pode interferir no metabolismo da planta, prejudicando seu desenvolvimento e provocando, inclusive, queimaduras. Para que este fato seja evitado, deve-se respeitar as instruções e recomendações feitas pelos fabricantes.

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