28.3 C
Uberlândia
quinta-feira, novembro 21, 2024
- Publicidade -spot_img
InícioArtigosGrãosNutrição mineral de micronutrientes e inoculação da cultura do milho safrinha

Nutrição mineral de micronutrientes e inoculação da cultura do milho safrinha

 

Daniela Vitti

Maickon F. R. Balator

Coordenadores técnicos – Brasil

Renato Passos Brandão

Gestor agronômico

 

Créditos Shutterstock
Créditos Shutterstock

A sucessão de culturas soja-milho safrinha representa o principal sistema de produção de grãos das regiões agrícolas do Centro-oeste, Sudeste, parte nordeste da região Sul, e outras regiões do país.

A principal opção de semeadura após a colheita da soja-verão é o milho, vulgarmente chamada de milho safrinha. Nos últimos 20 anos, a área de milho safrinha aumentou 10 vezes, atingindo oito milhões de hectares e a produtividade duplicou, com valores superiores a 5 ton/ha.

Neste ano, excepcionalmente devido aos problemas climáticos enfrentados pelos em todo o País, os produtores foram obrigados a atrasar a semeadura da soja, com consequente atraso na semeadura do milho, trazendo redução na área com milho safrinha. Porém, os preços praticados nos últimos dias estão mantendo o ânimo dos produtores.

Investimento

Geralmente o investimento dos agricultores na cultura do milho safrinha é menor em relação à da soja e milho verão, pelo simples motivo de ser uma cultura de risco, principalmente em relação à falta de chuvas nas principais fases fenológicas da cultura.

Conforme o Comunicado Técnico 195 da Embrapa Agropecuária Oeste, de Dourados/MS, a estimativa do custo total por hectare do milho safrinha para a safra 2015 será de aproximadamente R$ 1.608,23/ha, ou 98,3 sacas/ha, considerando a previsão do preço de milho para Mato Grosso do Sul de R$ 16,36 a saca de 60 kg.

Em anos de margens estreitas, os agricultores optam por excluir o investimento com o programa de nutrição foliar e inoculação. Será que compensa utilizar este pacote tecnológico na cultura do milho safrinha?

Conforme a figura 1, o custo com fertilizantes foliares e inoculação representa apenas 4,5% em relação aos demais insumos, ou seja, é o menor investimento, porém, possui a mesma importância em relação aos demais insumos.

Créditos Shutterstock
Créditos Shutterstock

Informações importantes

O objetivo deste informativo é apresentar a importância da inoculação como primeira e fundamental prática a ser adotada na busca do sucesso da implantação da lavoura, considerando o custo-benefício que a mesma traz.

Antes de tudo é necessário ter em mãos as análises de solo, foliar, expectativa de produtividade, histórico de deficiência entre outras informações. Além disso, temos que acabar com este mito que o milho necessita somente de zinco.

Como podemos verificar na tabela 1, esta gramínea exige praticamente a mesma quantidade de manganês e zinco, ou seja, 340 g e 400 g para produzir 9,1 ton de milho, respectivamente.

Além do manganês e zinco, não podemos nos esquecer do boro e cobre, que podem ser limitantes na produtividade do milho, dependendo dos seus respectivos teores no solo.

Créditos Shutterstock
Créditos Shutterstock

Considerações finais

O adequado planejamento do estabelecimento da cultura, com o uso de sementes de alta qualidade (germinação e vigor), seguido de correta inoculação, levando-se em consideração todo o cuidado que se deve ter no armazenamento, manuseio e aplicação do inoculante, é o início do sucesso do estabelecimento da cultura.

Considerando o custo-benefício destas práticas, é fundamental que o produtor, como empresário rural, não abra mão de tais técnicas visando o máximo de ganho na ocasião da colheita.

 

Essa matéria completa você encontra na edição de janeiro da revista Campo & Negócios Grãos. Clique aqui para adquirir já a sua.

ARTIGOS RELACIONADOS

Boro: importância para o desenvolvimento nutricional das plantas

O boro é um elemento fundamental para melhorar a produtividade e a qualidade na produção de frutas, hortaliças, cereais e flores.

Ação e reação dos organominerais no solo

Izabela Silveira Cardoso izabela.silveirac@gmail.com Geovânia Morais de Rezende rezendegeovania@gmail.com Graduandos em Engenharia Agronômica " ESALQ/USP Eduardo Zavaschi eduzavaschi@yahoo.com.br Engenheiro agrônomo, doutor em Solos e Nutrição de Plantas "...

Fertilizante foliar potencializa indução de florada do limão tahiti

A adubação foliar pode ser considerada uma forma de complementar a adubação realizada via solo em diversas espécies frutíferas, como na cultura do limão tahiti. Existem muitos tipos de fertilizantes foliares no mercado, alguns deles formulados com apenas um tipo de nutriente específico, enquanto outros são formulados com mais de um nutriente, podendo ser desde macro até micronutrientes, desde que estes apresentem capacidade para serem absorvidos pela folha.

Ácidos húmicos favorecem a emergência das mudas de cana-de-açúcar

Nilva Teresinha Teixeira Engenheira agrônoma, doutora em Solos e Nutrição de Plantas e professora do Curso de Engenharia Agronômica do Centro Regional Universitário de Espírito...

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
Falha na pontuação do usuário captcha. Por favor, entre em contato conosco!