26.6 C
Uberlândia
domingo, maio 19, 2024
- Publicidade -
InícioDestaquesProteção Animal Mundial se posiciona sobre a tragédia climática no RS

Proteção Animal Mundial se posiciona sobre a tragédia climática no RS

Toda vez que senadores e deputados destroem a legislação ambiental brasileira, estão compartilhando da responsabilidade por crises ambientais como a vivida no Rio Grande do Sul

Ricardo Stuckert/Presidência da República/AFP

A Proteção Animal Mundial lamenta as perdas devastadoras – principalmente de vidas humanas – ocorridas na tragédia no Rio Grande do Sul e se solidariza com todas as pessoas afetadas.

Como uma ONG que se propõe a ser uma voz dos direitos dos animais, seres sencientes que, assim como os humanos, sentem emoções complexas como medo e dor, a instituição também lamenta o impacto desse desastre climático na vida de animais domésticos, silvestres e daqueles criados em fazendas.

Há anos a Proteção Animal Mundial vem produzindo relatórios e estudos mostrando o impacto ambiental causado pelo agronegócio e isso inclui sua contribuição significativa nas emissões de gases de efeito estufa e aquecimento global. O setor tem um histórico devastador sobre os biomas do país e há décadas vem desmatando vegetação nativa para o cultivo de grãos, majoritariamente soja, que são destinados para a produção de ração animal.

Todos esses estudos sempre alertam que, esse ciclo, que se inicia com as queimadas exterminando habitats e dizimando a vida silvestre, é o que mais contribui para as mudanças do clima atualmente no Brasil, agravando seus efeitos e impactando a vida também de milhares de seres humanos.

Para a Proteção Animal Mundial é necessário transformações profundas e sistêmicas no modelo agroalimentar para evitar o avanço ainda maior da crise climática e do aquecimento global. Essa missão é urgente, embora extremamente complexa, por conta da imensa influência política exercida pelo agronegócio. Grandes empresas do setor agropecuário, como a JBS, têm ditado o afrouxamento das políticas públicas ao financiarem o Instituto Pensar Agro (IPA), ligado à Frente Parlamentar Agropecuária (FPA) no Congresso. Além da alteração de todo o Código Florestal em 2012, e mais recentemente da definição do Marco Temporal indígena, e da aprovação do Pacote do Veneno, neste momento, o Senado Federal ainda tenta aprovar o Projeto de Lei 2159/2021, apelidado de Projeto de Lei da devastação porque, se aprovado, vai diminuir o rigor necessário para a aprovação de licenciamentos ambientais. Se isso acontecer, teremos o aumento dos efeitos da crise climática. Toda vez que senadores e deputados destroem a legislação ambiental brasileira, estão compartilhando da responsabilidade por crises ambientais como a vivida no Rio Grande do Sul.

Os sistemas alimentares no Brasil representam 74% das emissões de gases de efeito estufa no país, segundo um estudo do Observatório do Clima. É importante lembrar que a pecuária industrial é o setor que mais impacta nesse resultado. Dessa forma, a Proteção Animal Mundial avalia que esse é o momento de repensar o atual sistema alimentar e priorizar pequenos produtores em vez de investir grandes somas de dinheiro no já abastado agronegócio, que comprovadamente não alimenta todos brasileiros e ainda causa grandes impactos ambientais.

Aos interessados em colaborar com os animais afetados no Rio Grande do Sul, a ONG recomenda:

Grupo de Resposta a Animais em Desastres, o @grad_brasil. Chave pix CNPJ: CNPJ: 54.465.282/0001-21. 

ARTIGOS RELACIONADOS

Arrozeiros disponibilizam apoio para escoamento de cidades alagadas

Iniciativa já realizada em Pelotas vai utilizar bombas para aumentar capacidade de bombeamento das águas na Região Metropolitana de Porto Alegre

Tecnologias de irrigação são destaque na Bahia Farm Show

Feira é a maior do agronegócio do norte e nordeste do Brasil e traz para essa edição de 2023 mais de 420 expositores.

Tecnologia de origem natural pode minimizar efeitos climáticos nos cafezais

Em algumas regiões de São Paulo e Minas Gerais, produtores de café estimam quebra de até 40% para a safra 2021, devido ao impacto da estiagem e das temperaturas recordes que assolam os cafezais nos últimos quatro meses.

1º Leilão Agro Solidário arrecada valores em prol das vítimas do RS

Diversos criadores das raças Nelore, Angus, Brahman e Simental juntam-se para realizar o 1º Leilão Agro Solidário, que terá 100% do valor arrecadado revertido...

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
Falha na pontuação do usuário captcha. Por favor, entre em contato conosco!