Autores
Mário Calvino Palombini
Engenheiro agrônomo e proprietário da Vermelho Natural
vermelhonatural@hotmail.com
O padrão de qualidade de uma muda de raiz nua é determinada pelo diâmetro de corola (tronco entre as gemas e as raízes) e desenvolvimento do sistema radicular, tanto o comprimento quanto o seu volume. Desta forma, uma quantidade excessiva de raízes e de comprimento elevado é mais vantajosos que mudas com poucas raízes, visto que uma muda pouco desenvolvida não consegue, com o decorrer do tempo, atingir o mesmo nível de desenvolvimento de uma muda de maior porte.
Estas raízes têm sua importância não apenas pela maior capacidade de absorção de água e nutrientes, mas também como reserva dos sólidos solúveis já processados e indispensáveis para a sua sobrevivência na conservação em frio e, posteriormente, na brotação e formação das primeiras folhas.
Mudas com mais raízes maiores conseguem ter um pegamento a campo melhor e o desenvolvimento mais rápido. Por este motivo, devem ser mantida todas as raízes no período de conservação em frio. Já em pré-plantio deve-se deixar a maior a quantidade de raízes possível que permita um bom plantio.
Recomendações
Como no plantio as mudas devem ser enterradas à altura do rizoma, encobrindo todas as raízes, mas deixando a gema acima do nível do solo, as raízes devem ser cortadas na altura máxima aceitável. De preferência, o plantio deve ser feito com a haste de plantio somente com o corte nas pontas terminais das raízes.
Devem ocorrer os respectivos tratamentos com fungicidas e inseticidas antes do plantio, e de preferência acrescentar estimulantes de enraizamento neste processo. Quando ocorre o excessivo corte das raízes, os gastos de reservas nutricionais são maiores, porque, além de terem que formar as primeiras folhas na parte aérea, a planta irá gastar uma maior quantidade de reservas para recompor o sistema radicular.
Quando a planta possui poucas destas reservas, seu desenvolvimento será retardado, dificultando o seu restabelecimento na área de produção.