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Seis etapas para uma boa silagem de capim

Nathaly Carpinelli
Coordenadora Técnica da Nutricorp

Divulgação

Como país tropical, o Brasil tem médias anuais de temperaturas elevadas, condição que favorece o cultivo de gramíneas forrageiras tropicais com elevadas taxas fotossintéticas e matéria seca superior a das forrageiras de clima temperado. No entanto, os mesmos fatores climáticos afetam a disponibilidade de forragem, com produções durante a seca que não ultrapassam 20% da produção anual. A condição se traduz em períodos de abundante produção, durante as águas, e períodos de escassez de forragem durante a estiagem.  Em diferentes regiões do país, a redução das chuvas, da temperatura e da radiação solar, provoca a estacionalidade da produção de forragem e, consequentemente, gera impacto na disponibilidade da silagem.  Isso porque, estas condições são demasiadamente críticas para o crescimento das gramíneas forrageiras tropicais. 

É preciso destacar que a silagem de qualidade traz benefícios fundamentais ao produtor como: equilíbrio nos custos operacionais totais com a alimentação do rebanho, utilização eficiente da forragem e disponibilidade de volumosos durante todo o ciclo produtivo dos animais. Diante deste cenário, o produtor de silagem e pecuarista podem obter  melhores rendimento e qualidade da silagem através de seis importantes passos:

01 – Cortar o capim antes do rebrote é o mais indicado para se obter melhor equilíbrio entre rendimento e qualidade, já que o corte após o rebrote faz reduzir a digestibilidade em cerca de 0,5%/dia. A recomendação é não cortar o capim muito baixo, pois a base do caule possui baixa digestibilidade e alto risco de contaminação com microrganismos maléficos, provenientes do solo. A ausência destes cuidados pode prejudicar a fermentação e causar deterioração aeróbica (aquecimento).

02 – A pré-secagem é uma etapa opcional que se configura em mais uma estratégia para otimizar a fermentação de silagem de capim, indicada para atingir rapidamente o teor de matéria seca. Esta fase consiste em deixar a gramínea secar, com o objetivo de diminuir o teor de água e otimizar a fermentação. Essa etapa exige máquinas específicas para acelerar a secagem da planta, mas é importante verificar se, durante o trabalho, o maquinário não arrasta solo junto com a gramínea. Fique de olho!

03 – Na colheita, ajustar o tamanho de partícula de acordo com a MS da gramínea é essencial para a boa compactação e fermentação da silagem. Alinhar os valores com o nutricionista e os objetivos da propriedade, é muito importante. Observe os exemplos da tabela abaixo e considere o seguinte: se for destinado à alimentação de animais com dieta rica em milho, esse valor deve ser aumentado para garantir fibra efetiva suficiente na dieta.

% MS da gramínea        Exemplo de tamanho de partícula

>30%                           15-25mm

20-30%                         25-50mm

<20%                           >100mm

04 – A manutenção do controle de fermentação, através do uso de inoculantes de qualidade como o ECOSYL da Nutricorp, é uma etapa que merece extrema atenção durante o processo de ensilagem, pois esta ferramenta reduz as perdas de matéria seca, além de melhorar a ingestão, digestibilidade e energia metabolizável, impactando positivamente na produtividade dos animais. O produtor não deve deixar a fermentação da forragem “ao acaso”, pois, na maioria das vezes, as populações de bactérias presentes na forragem não são suficientes para a fermentação efetiva. Outra vantagem é que, quando o inoculante de qualidade é usado da forma correta, milhares de bactérias “boas” por grama de forragem, são oferecidas.

05 – Outra importante etapa que deve ser cuidadosamente realizada é a compactação e vedação, com total remoção do ar da matéria seca. É preciso compactar corretamente, principalmente as laterais do silo, pois a presença de ar reduz a qualidade da fermentação e aumenta o risco de deterioração aeróbica. Camadas de 15 a 20 cm de profundidade são recomendadas para realização da boa compactação. Para vedação, utilize lonas nas laterais, barreira de oxigênio e lonas na parte superior do silo, além de “pesos” acima da lona, para ajudar na remoção do ar.

06 – Limpeza e organização do silo são fundamentais para o sucesso de todo processo de desabastecimento e fornecimento da silagem. Minimizar a entrada de ar no painel do silo e fazer a remoção em quantidade adequada (> 250 kg de MS/m2) de silagem podem minimizar o risco de deterioração aeróbica. É muito importante não permitir que a silagem “mofada” contamine o silo com microrganismos “ruins”, já que isso reduz a qualidade e a ingestão de silagem pelos animais.

Através destas recomendações colocadas em prática na propriedade, o produtor terá maior rentabilidade, menor desperdício e maior sucesso em seus negócios.

Sobre a Nutricorp

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A Nutricorp, empresa referência em qualidade e inovação no agronegócio, é especialista em soluções criativas em nutrição e bem-estar de bovinos de corte e leite, tendo qualidade e segurança incorporadas no seu DNA, sempre visando a satisfação de seus clientes e o cuidado com o meio-ambiente. Com mais de 20 anos de mercado, a marca sempre atuou próxima aos produtores e fábricas, atendendo suas demandas com o máximo de expertise e personalização. Pioneira em transformar coprodutos da agroindústria alimentícia em produtos inovadores e eficazes criando novas soluções com foco em nutrição animal e desempenho produtivo na cadeia de ruminantes. Como principal valor, a companhia preza por suas relações com clientes, fornecedores e colaboradores, entregando e pensando sempre na promoção do melhor e como objetivo, seu desejo é nutrir com inovação as relações na agropecuária, assegurando sabor e saúde, na fazenda e na mesa. http://www.nutricorp.com.br

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