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Transferência de tecnologia é aliada na ampliação da cultura do trigo no Sul do Brasil

As melhorias no controle de plantas daninhas e na fertilização do solo estão entre os principais benefícios agronômicos que o trigo oferece ao sistema de produção.
Créditos da foto: Divulgação Biotrigo/Diogo Zanatta

A safra brasileira de trigo se encaminha para mais uma colheita recorde – a segunda consecutiva. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção do país deve crescer cerca de 22% em comparação a 2021. Junto a isso, a área semeada com o cereal também aumentou em relação ao ano passado. Na região Sul, que responde pela maior produção de trigo do Brasil, 2,7 milhões de hectares são destinados ao cereal. A mesma região, porém, destina quase 13 milhões de hectares ao cultivo da soja, o que resulta, durante o período do inverno, em uma grande parte da terra ociosa e sem o ideal aproveitamento. Isso traz consequências diretas à sustentabilidade e gestão da propriedade, tanto em termos agronômicos, quanto em questão de rentabilidade. É visando esses fatores que a Biotrigo realizou, desde o mês de setembro, uma série de dias de campo visando expandir a cultura para áreas menos tradicionais no cultivo de trigo.

A ação de fomento, denominada de Mais Trigo, ocorreu no Sul do país, tendo como foco a metade sul do Rio Grande do Sul, tradicional na atividade pecuária, cultivo do arroz e, mais recentemente, da soja, e em Santa Catarina, estado que volta importante parte de suas atenções para a indústria de proteína animal. De acordo com o gerente regional sul da Biotrigo, Tiago de Pauli, o objetivo dos eventos foi a transmissão de informações pertinentes sobre o trigo a agricultores que ainda não possuem tanto contato com a cultura. “Com o acesso a essas informações, esperamos que o produtor possa realizar um manejo mais assertivo, entendendo as suas realidades e condições de investimento para que, dessa forma, possam aproveitar o que a Biotrigo oferece em tecnologia, trazendo mais uma alternativa para agregar uma maior rentabilidade por hectare dentro do sistema produtivo”, afirma.

Quando encarada sob a perspectiva da renda, a cultura do trigo ganha cada vez mais protagonismo por oferecer uma lucratividade destacada aos produtores no inverno. “Além dos atuais preços pagos, a cultura também oferece uma diluição dos custos fixos da propriedade, que não depende apenas da safra de verão para pagar as contas”, aponta Tiago. Do ponto de vista agronômico, o trigo também oferece diversos benefícios ao sistema, como um melhor controle de plantas daninhas e uma adubação de solo mais efetiva. Esses fatores, por consequência, contribuem para o aumento da produtividade da cultura seguinte, geralmente a soja. “As regiões que receberam os dias de campo Mais Trigo têm um grande potencial de ampliação de área. Dessa forma, buscamos com que o produtor que está aderindo agora ao cultivo do trigo possa ter uma excelente experiência, tendo um aumento em sua taxa de sucesso e permanecendo na cultura por diversos anos”, diz.

Créditos da foto: Divulgação Biotrigo/Diogo Zanatta

A metade sul gaúcha, que nos últimos anos apresenta um crescimento na área de trigo, contou com dois eventos, em Pelotas e Cachoeira do Sul. Conforme o supervisor comercial da Biotrigo, Gustavo Posser, os produtores da região estão, aos poucos, percebendo os benefícios da cultura. “Os agricultores da metade sul estão em uma localização privilegiada, podendo atender o mercado moageiro local, além de ter uma fácil via para o escoamento da produção pelo porto, no caso da exportação. Então o trigo vem se consolidando ano após ano, pelos benefícios gerados na propriedade e pela facilidade de venda da safra”, destaca. Devido a quantidade de área ociosa, essa região ainda tem um bom espaço de crescimento no cultivo do trigo. “Ainda é grande o número de áreas que ficam em pousio ou são destinadas ao monocultivo de soja ou a alguma pastagem. Não que o trigo vá competir com a pecuária, pelo contrário, ele pode inclusive somar no desenvolvimento da atividade, intensificando a produção”, registra Gustavo.

Se na metade sul do Rio Grande do Sul, a pecuária é uma das atividades agrícolas que mais movimentam a região, em Santa Catarina, o foco se volta para a produção de aves e suínos. Esse contexto gera uma alta demanda pelo milho por parte das fábricas de ração. Mas com as frustrações das últimas safras de verão e a ampliação do foco na soja, os estoques do cereal baixaram consideravelmente, dando espaço de crescimento ao trigo, que pode substituir o milho em boa proporção da dieta dos animais. “Isso faz com que o trigo produzido no estado tenha uma liquidez bastante alta para o produtor. Além disso, temos outros mercados mais consolidados, como o de panificação”, destaca Felipe Carlotto, supervisor comercial da Biotrigo. O estado de Santa Catarina, que deve contar com 130 mil hectares de trigo em 2022, ainda possui potencial para ampliar essa produção. “Isso traz diversas oportunidades aos agricultores catarinenses, que observam um inverno cada vez mais rentável, seja pelo bom momento da cultura do trigo, como também pelos novos materiais que estão surgindo, cada vez mais adaptados às diferentes demandas, trazendo mais produtividade e segurança à lavoura”, finaliza.

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