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Batata responde com produtividade à aplicação de fósforo

Autor

Tiago Henrique Costa Silva
Engenheiro agrônomo e mestrando em Proteção de Plantas – Instituto Federal Goiano (IFG) – Urutaí (GO)
tiago@agronomo.eng.br

Como todas as plantas, o fósforo (P2O5) é importante para o bom desenvolvimento da cultura da batata. É um dos elementos mais exigidos na nutrição e desenvolvimento dessa cultura, correspondendo à importância de um bom enraizamento, iniciação e desenvolvimento dos brotos, carreando para dentro de si fontes energéticas (fotoassimilados) para os processos bioquímicos, como absorção e transporte de íons por toda a fisiologia da planta. 

Relação do fósforo com a produtividade da batata

Além dos benefícios fisiológicos iniciais na atividade da bataticultura, o início da tuberização é o momento mais crítico da necessidade de fósforo, o qual garante a formação e número de tubérculos bem formados, além de uma melhor viscosidade de amido.

Manejo

Para um bom aproveitamento do fósforo, primeiramente deve-se adubar seu plantio de acordo com o que é apresentado na análise química do solo. Isso quer dizer que solos mais férteis e mais bem corrigidos certamente terão uma exigência menor de aplicação deste nutriente. Assim, com uma recomendação consciente o agricultor aplicará na sua lavou a quantidade exata para suprir as necessidades da batata, e terá uma relação custo-benefício mais adequada à sua realidade, consequentemente, atingindo o maior potencial de produção da planta.

Alternativas

É importante também trabalharmos essa manutenção do fósforo com aplicações foliares. Pode-se usar MAP purificado ou outros fertilizantes foliares encontrados nas casas agropecuárias do Brasil. Este complemento foliar não substitui a aplicação de fertilizantes no solo antes do plantio, porém, mesmo em alguns solos bem corrigidos e fósforo pode faltar um pouco para a planta, devido à baixa locomoção que este nutriente apresenta ali, ficando à mercê da intersecção do crescimento das raízes das plantas e correndo o risco de não estar disponível no solo.

Outro fator importante é a grande facilidade de ligação molecular que o fosforo tem com a argila presente no solo, inviabilizando a translocação do nutriente para dentro da planta.

Portanto, é sempre recomendado realizar análise foliar na lavoura, e com os resultados realizar uma aplicação fosfatada complementar, ou não. Ressaltando que a aplicação de base de fertilizante pode ser a lanço ou enterrada na linha ao lado do plantio da batata-semente, próximo, mas não junto. Este fosforo foliar de complemento deve ser aplicado somente depois do início da tuberização, por volta dos 35 DAE.

Fósforo x produtividade

Especificamente relativo ao nutriente fósforo (P), a cada aplicação de 0,5 kg/ha via fertilizante mineral, ele representa a produção de 1 ton/ha de tubérculos. Claro que isso são dados científicos de pesquisas, porém, nunca devemos de nos esquecer da “Lei do Mínimo” da fertilidade agronômica, que diz que cada nutriente tem que estar em quantidade adequada para a planta, tanto macro quanto micronutrientes.

Custo

Ditar valores de custo seria ilusório, pois esse manjo nutricional fosfatado dependerá do que for apresentado na análise de solo e foliar. Em relação ao solo, trabalhamos exclusivamente com fertilizantes granulados, que, dependendo da formulação, cada um tem um preço.

Influencia também a época do ano em que se compra e a cotação do dólar. Portanto, é um custo que tem que ser estudado. Já o complemento foliar, quando realmente houver necessidade, é mais rígido na volatização de preços e também utilizamos dosagens baixas/ha, garantindo um bom custo de produção. 

Via de regra, baseando-se na aplicação média utilizada hoje nas principais regiões produtoras de batata, podemos colocar o investimento em nutrição mineral em torno de 40% de investimento.

Erros

Entre os erros mais comuns está o plantio sem acompanhamento de um técnico qualificado, o que certamente levará a grandes prejuízos pela aplicação de excessos de fertilizantes na base, sem avaliar a verdadeira necessidade do solo-planta, dado por análises químicas do solo e folha, causando desbalanço nutricional ou fitotoxidade na cultura.

Existem no mercado fertilizantes granulados organominerais associados com extratos de algas que garantem maior proteção dos nutrientes no solo contra volatização do N, lixiviação do K e fixação do P. Essas novas tecnologias já têm sua comprovação garantida, mas ainda apresentam um custo relativamente maior em relação aos fertilizantes comuns.

Entretanto, as novas tecnologias se mostram muito vantajosas pelo fato de o agricultor ter a garantia que cada centavo investido será protegido e disponibilizado para a planta.

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