Mariane Aparecida Rodrigues – Engenheira agrônoma, mestra e doutora em Fitotecnia e sócia administradora da Agroaki – marianerodriguesst@gmail.com
Quando o produtor tem interesse em iniciar a produção de pitaias, ele deve se atentar a fazer um planejamento de alguns aspectos. Primeiramente, é necessário conhecer a planta e suas necessidades edafoclimáticas e compará-las com as condições do local de cultivo. Nesse ponto a pitaia é bastante versátil, sendo que sua presença é descrita do norte do Canadá até a Patagônia.
É uma planta da família das cactáceas, hemiepífita e perene, que permanece no campo de 15 a 20 anos se ancorando com suas raízes adventícias sobre tutores e com suas raízes axilares sobre uma amontoa no solo. Conhecendo então as necessidades da planta, é possível projetar custos com tutores, manejo e outros insumos necessários para a melhor exploração da espécie.
Em seguida, é preciso fazer um estudo de mercado e escoamento de produção, como também definir se as frutas serão vendidas in natura ou processadas, para assim determinar a escolha das variedades a serem utilizadas, para em seguida fazer a compra de mudas de produtores idôneos.
Só depois de observadas todas as possibilidades e estimativas é recomendado começar o plantio, visto que é uma frutífera que tem menos requerimentos que a maioria das demais, mas que não dispensa cuidados para obter altos retornos financeiros.
Exigências
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Mesmo sendo uma cultura cosmopolita, a cultura exige para alta produção temperaturas entre 18 a 26°C e precipitações de 1.200 a 1.500 mm/ano, ou seja, um clima ameno para máxima produtividade. Já é possível encontrar uma grande diversidade de variedades disponíveis para cultivos no Brasil e estudos já têm sido implementados para seleciona-las de acordo com diferentes regiões do País.
Quanto aos solos, devem ser selecionados para cultivo os bem drenados e ricos em matéria orgânica, visto que altas produções estão relacionadas com um alto fornecimento deste material.
Ainda em relação aos solos, o produtor necessita realizar a amostragem de forma a obter porções representativas para análise e enviá-la para laboratório especializado que fornecerá os resultados para posterior consulta e interpretação do engenheiro agrônomo que fará as recomendações de correção e adubação para o solo que enfim será preparado para o plantio.