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MAPA lança Plano Nacional de Desenvolvimento de Florestas Plantadas

O setor de florestas plantadas tem muita relevância para a economia brasileira, sendo muito competitivo, fundamentado em bases sustentáveis e com grande potencial de expansão. Graças aos esforços de pesquisa e das condições climáticas favoráveis em nosso País, somos líderes mundiais em produtividade.

O setor é altamente comprometido com a preservação ambiental e nossas empresas florestais possuem em áreas preservadas com reserva legal e de preservação permanente, mais de metade da área que ocupam com o plantio de florestas, estimados em 10 milhões de hectares. É inegável que o plantio de árvores preserva nossas florestas primárias e os dados oficiais respaldam essa afirmação: 90% de toda a madeira produzida para fins industriais no País provêm de áreas plantadas.

Do ponto de vista da econômico e social, o valor bruto da produção florestal ultrapassa R$ 18 bilhões e milhares de empregos diretos e indiretos. O setor já esteve dentre as competências do MAPA, na época em que houve grande expansão da base florestal no País, mas depois passou por outras estruturas governamentais.

No entanto, sua vocação produtiva e o fato de ser uma cultura agrícola fizeram com que, desde final 2014, a Política Agrícola para Florestas Plantadas retornasse a este ministério. O objetivo, portanto, passou a ser implementar mecanismos para a promoção da competividade do setor de florestas plantadas.

O Plano é resultado de uma ampla consulta ao setor e à sociedade civil, e apresenta um diagnóstico do setor, destacando os principais aspectos ambientais, sociais e econômicos associados ao manejo das florestas plantadas e sua indústria; as possíveis relações entre as diferentes políticas públicas relacionadas ao tema e analisa gargalos e oportunidades para o setor, propondo, ao final, uma lista de Objetivos Nacionais Florestais (ONF) e Ações indicativas (Ai) para o alcance de tais objetivos.

O Plantar Florestas, como é chamado, tem uma meta bastante ambiciosa: ampliar a área de florestas plantadas em 2 milhões de hectares até 2030, um aumento de 20% sobre a área atual. A proposta é alcançar um ambiente de negócios favorável aos investimentos em florestas plantadas e que o setor de florestas plantadas seja reconhecido pela sua importância econômica, social e, especialmente, pelos seus efeitos positivos ao meio ambiente.

Balança comercial do agronegócio

As florestas plantadas estão localizadas principalmente em Minas Gerais, Rio Grande do Sul, São Paulo e Mato Grosso do Sul. De acordo com o secretário de Política Agrícola, Wilson Vaz de Araújo, o plano é resultado de ampla consulta ao setor e à sociedade civil. E inclui um diagnóstico ambiental e socioeconômico associado ao manejo e a fase industrial.

O segmento tem grande participação na balança comercial do agronegócio, sendo que no ano passado as exportações só ficaram atrás do complexo soja, carnes e setor sucroalcooleiro. De acordo com a Indústria Brasileira de Árvores (IBÁ), o País lidera o ranking de produtividade florestal, com média de 35,7 m³/ha/ano, o que representa quase duas vezes mais a produtividade dos países do hemisfério norte. A área com florestas plantadas ocupa apenas 1% da área do País, mas é responsável por 91% de toda a madeira produzida para fins industriais.

“O plano que estamos lançando é resultado de um processo que envolveu várias propriedades, profissionais, entidades e órgãos de governo. Esse trabalho foi finalizado no âmbito da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Florestas Plantadas por um grupo técnico criado pela Câmara, coordenado pela Embrapa Floresta que nos facilitou bastante o trabalho”, disse o presidente da Câmara Setorial, Walter Vieira.

Para o coordenador-geral de Florestas e Assuntos de Pecuária, da Secretaria de Política Agrícola, João Salomão, a importância do setor vem crescendo ano a ano. No acumulado até outubro deste ano, o setor foi o terceiro do agronegócio em exportações, registrando um valor recorde de US$ 11,61 bilhões (+23,2%), atrás apenas do complexo soja (US$ 36,27 bilhões) e de carnes (US$ 12,12 bilhões).

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