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Operações de barter: a revolução do Agro

Crédito: Shutterstock

Nas operações de barter, o produtor rural venderá uma parte da sua produção para uma agroindústria, trading ou revenda de defensivos agrícolas, e receberá como contrapartida os insumos necessários para a sua produção.

Maria Flávia de Figueiredo Tavares, economista, doutora em Agronegócios, professora MBA em Agronegócios na FGV e sócia na MFT Consultoria em Agronegócios, conta que este é um tipo de negociação muito utilizado no agronegócio, pois haverá a entrega do produto e ao receber recursos de maneira antecipada, o produtor consegue planejar de maneira antecipada a sua safra.

“A operação de barter tem início a partir da disponibilização de uma linha de crédito rural, que tem como base o relacionamento e a capacidade de pagamento do produtor rural. A operação é formalizada por meio da CPR (Cédula do Produto Rural) e registrada em cartório contendo todas as informações da transação”, esclarece a especialista.

As principais culturas que realizam esta operação são o café, milho, soja e algodão.

Os dois lados da moeda

Ainda segundo ela, neste tipo de contrato a termo, existe o risco de não cumprimento dos contratos, que pode ocorrer devido a uma quebra da produção provocada por problemas climáticos, como uma seca, por exemplo, e grandes oscilações de preços nas bolsas de mercadorias. “Mas, como os contratos a termo possui uma dinâmica própria, é possível propor uma renegociação das cláusulas contratuais entre as partes envolvidas”, recomenda.

Uma grande variação cambial também pode ser um fator que leva à inadimplência do agricultor em honrar seus contratos com as empresas de insumos. Por exemplo, nos contratos de barter o produtor recebe insumos e em troca negocia a sua produção, mas se o insumo estiver com um preço muito alto na data de entrega, ele poderá ter prejuízos.

Crédito: Shutterstock

Devido ao risco de crédito, Maria Flávia indica que sejam estabelecidas cláusulas de salvaguardas, que servirão como uma garantia para que o contrato seja cumprido.

Por que investir no barter?

  • Principais motivos para utilizar a venda antecipada da produção:
  • Garantir um determinado preço, mesmo antes da colheita;
  • Garantir orientação técnica e obtenção de insumos;
  • Garantir incorporação de tecnologia à sua atividade com baixo investimento.

Dentre os objetivos principais das operações de barter, Ronaldo Coletto da Silva, doutorando em Ciências Contábeis na FULCAPE BUSINESS SCHOOL e Partner DoAGRO Auditores Independentes, enumera a facilidade de crédito, principalmente para o produtor endividado, ou ainda a redução (trava) de custos da lavoura, para aqueles produtores capitalizados, por exemplo.

Como envolvem diversas entidades, como produtores PF e/ou PJ, empresas fornecedoras de insumos, agroindústrias, máquinas agrícolas, tradings, instituições financeiras e investidores, é muito importante que haja um planejamento adequado destas entidades, para que todas as vantagens possam ser usufruídas. 

Vantagens

No caso do produtor, as vantagens do barter começam pelo acesso aos insumos a prazo sem a necessidade de liquidez imediata, a possibilidade de liquidação da dívida na própria moeda da produção, uma modalidade em que as taxas de juros são mais alternativas, o crédito é sem burocracia, e pode ser uma boa oportunidade de rentabilidade na operação, quando acompanhada de seguro climático.

Outro aspecto destacado por Ronaldo Coletto está relacionado à liquidação do contrato, ou seja, se for financeira, pode ser ter a proteção ou cobertura (hedge) das operações financeiras, no caso de variações no preço futuro do grão ou produto agrícola, o que garante o cumprimento do contrato.

“Se a liquidação for física, não há exposição de preço de grão, a priori, e apenas o pagamento da obrigação com uma produção mínima da comodity estipulada”, explica, acrescentando: “Para os distribuidores de insumos, indústria ou trading, a possibilidade de rápida expansão (fomento) no mercado, mesmo no caso de produtores que já têm a terra em garantia no banco, colateral de execução mais simples e rápida, sem dores de cabeça na liquidação e entregando insumos, ao invés de dinheiro, na mão do produtor rural, o risco de performance da safra já é mitigado”.

Mas então, como funciona a operação de Barter?

Crédito: Shutterstock

Primeiro, a entidade que financia os insumos acerta o preço com o produtor, antes do fornecimento dos insumos, mediante um contrato de compra e venda futura de produtos rurais e um contrato de compra e venda de títulos de crédito, com base na cotação em bolsa, porque o preço do barter varia de acordo com o mercado.

Na outra ponta, com um ágio, um contrato para as empresas que fornecem os insumos e comercializam os grãos. Por outro lado, o produtor trava um percentual do custo da lavoura em sacas, das comodities que ele produz, formalizando seu compromisso de pagamento por meio de uma CPR, que é registrada em cartório e que garante segurança e liquidez de precificação.

A operação de barter possui características próprias, segundo Coletto e neste sentido, traz uma definição importante, de acordo com ÁVILA, Carlos Alberto Rosal, a estruturação jurídica das operações de barter do agronegócio brasileiro – 2017 – UNB – Brasília/DF – “na operação de barter o produtor faz a conversão entre o valor dos insumos necessários e o valor correspondente à quantidade de commodities a ser produzida já no momento anterior ao plantio. Isto é, se o preço da commodity cair no mercado, ele não precisará futuramente de uma maior quantidade de sacas para cobrir o custo. Em compensação, se o preço da commodity subir, o produtor – que, sem o barter, precisaria de uma quantidade menor de sacas para cumprir sua obrigação – terá de entregar a quantidade de produto acordada e documentada na CPR. Essa transferência ao mercado de parte dos riscos é uma forma de hedge que pode ser praticada pelo produtor rural”.

Existe também uma outra forma de estruturar a operação de barter, que é por meio de cessão de crédito e envolve uma instituição financeira, os distribuidores (fornecedores) dos insumos/serviços e o produtor, adquirente destes ativos, ou seja, a instituição financeira financia as aquisições em contrapartida da garantia do vendedor.

Ronaldo Coletto esclarece que esta operação é denominada de vendor, e envolve a formalização de três contratos: de compra e venda entre fornecedor e o produtor, contrato de desconto bancário entre a instituição financeira e o fornecedor e o contrato de mútuo firmado entre o produtor e a instituição financeira.

Gerenciamento de riscos

Fica claro que, também nas operações de barter, como qualquer outra atividade, essas não estão livres de riscos, por isto é muito importante entender a sistemática dos conceitos envolvidos, e ao mesmo tempo, conseguir medir, monitorar e gerenciar os riscos de forma efetiva.

“O risco nada mais é do que uma incerteza envolvida na obtenção de um resultado ou um objetivo. A incerteza surge da possiblidade de se obter um resultado inesperado ou indesejado que, por seguinte, está relacionado à imprevisibilidade dos resultados desejáveis e que, por sua vez, pode causar danos ou perdas, resultando em consequências negativas. Entretanto, também pode haver consequências positivas que criam oportunidades que não existiam antes”, pontua Coletto.

Neste sentido, a essência da gestão do risco não está em evitá-lo ou eliminá-lo, mas em decidir quais os riscos a explorar, quais a repassar aos investidores, e quais se deve evitar ou afastar como estratégia de hedge.

Existem algumas características importantes que envolvem o risco, nas operações de barter e o produtor rural, portanto, é importante tomar alguns cuidados e manter ou implantar uma estrutura administrativa e contábil organizada para gerenciamento e mitigação dos riscos envolvidos.

Do ponto de vista de gestão das operações de barter, Ronaldo Coletto destaca, além da visão geral dos riscos envolvidos, a necessidade de gerenciamento quanto aos custos financeiros, seguros agrícolas (performance), oscilação de preços e câmbio, riscos de divulgação das informações para investidores, fiscais e tributários e riscos de crédito, conforme modelo de visão gráfica destas células de gerenciamento e mitigação de custos.

Figura 1: Gerenciamento de Riscos em operações de Barter

E agora?

De modo geral, é muito importante para as entidades participantes das operações de barter, observar se não existe nenhuma assimetria informacional, porque envolve interesses distintos com níveis de vinculação e esclarecimento completamente variados.

Então, fica a grande questão: Estas entidades envolvidas nas operações de barter, com objetivos e níveis de informações sobre os negócios igualmente variados e diferentes, conseguem se relacionar?

Na maioria dos casos, Ronaldo Coletto diz que as entidades não dispõem do mesmo nível de informação, o que impede que sejam tomadas decisões ótimas, já que não é possível estimar ou calcular corretamente os custos e vantagens envolvidos na negociação.

Muitas vezes, os objetivos são conflitantes e dependem de um alinhamento e gerenciamento de processos para fins de harmonização destes mesmos interesses envolvidos, pois estes alinhamentos, uma vez desenvolvidos e implantados tendem a reduzir os chamados custos de transações. 

Vida real

Para evitar tais conflitos e monitorar as ações das entidades envolvidas nas operações de barter, destacamos alguns exemplos relacionados ao endosso da CPR em quantidade efetivamente maior do que a realmente devida, o pagamento de juros abusivos e a quebra ou rompimento do contrato, quando ocorre alta de preço das comodities, a importância do seguro agrícola para se evitar a absorção de prejuízos devido a fatores climáticos, que pode trazer grandes prejuízos, bem como o não planejamento da aquisição antecipada de insumos e fertilizantes.

Estratégias

Como ferramenta de gerenciamento e mitigação dos riscos, existem estratégias para mitigação dos riscos, como a destacada por Alteir Costa Sanches, em seu artigo “Riscos em operações de troca no agronegócio: análise de modelo de gerenciamento de riscos para cooperativas”, propôs uma matriz de mapeamento contemplando os riscos de mercado, financeiros e operacionais, como modelo de gestão estratégica e de planejamento para mitigação dos riscos envolvendo as operações de barter.

Riscos de mercado/preço

Com relação ao risco de mercado, na visão do produtor existe risco médio de perdas de receitas futuras, que pode ser mitigado com a fixação do preço no início da operação de barter. Contudo, na visão dos distribuidores de insumos/trader, existe risco elevado de oscilações de preços das comodities, eventos que podem ser mitigados com a fixação do preço e hedge das posições assumidas, ou ainda trabalhar com volumes casados.

Do ponto de vista sistêmico, ainda dentro do risco de mercado/preço, para o produtor, existe risco médio de possibilidade de redução de crédito para o custeio e investimento em maquinário, e uma forma de mitigar este risco seria o direcionamento de formalização dos contratos de trocas e entregas da produção, em empresas com bons históricos de pagamentos.

Neste mesmo raciocínio, Ronaldo Coletto diz que para distribuidores de insumos/trader, os riscos de redução das margens e perdas de receitas futuras, com efeitos na geração de caixa, podem ser minimizados com um sistema de controle eficaz de cobrança e análise futura de crédito.

Riscos financeiros

No ambiente financeiro temos quatro elementos de análise envolvendo as entidades do produtor e distribuidores de insumos/trader. São elas: crédito, taxa de juros, câmbio e liquidez.

Na visão do produtor, a busca de fontes alternativas de recursos e a formalização de contratos de troca, para compra de insumos e maquinários, com pagamento de colheita pode ser, respectivamente, uma estratégia de mitigação dos riscos quanto às oscilações das taxas praticadas no mercado e os riscos de descontinuidade das atividades e consequente falência.

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Riscos operacionais

Neste ambiente, existem elementos que podem impactar de forma significativa, tanto o produtor como os distribuidores de insumos/trader e estão relacionados com os riscos climáticos e de produção.

Para o produtor, riscos climáticos e de produção podem ser mitigados com planejamento gerencial agrícola, ou seja, monitoramento/zoneamento, identificação de melhor área e época para o plantio, escolha da cultura, manejo da lavoura e histórico da produção e a contratação de seguro agrícola.

Sob a visão dos distribuidores de insumos/trader, uma análise técnica da escolha de cultivares que se adaptam melhor ao clima, período e região bem como o acompanhamento das lavouras por meio de tecnologia (monitoramento geográfico de toda a cadeia produtiva), pode ser uma estratégia importante para mitigar o risco de perdas e os impactos do manejo da lavoura, neste sentido, o papel da equipe técnica é fundamental neste processo de gestão.

Existe uma correlação da natureza destes riscos com as entidades envolvidas e a origem dos eventos, portanto, não podemos dissociar ou tratar isoladamente estes riscos.

“Boas estratégias de gerenciamento em respostas aos riscos permitem uma análise adequada quanto ao custo/benefício, para se definir qual deve ser a priorização das ações a serem tomadas e as relações de probabilidade x impacto”, define o especialista.

Para ele, a formalização das operações de barter, não é tão somente uma obrigação, mas representa uma condição de sucesso para as entidades envolvidas, pois permite a asseguração, o cumprimento das obrigações e o correto controle operacional, contábil e financeiro. Cada uma dessas entidades tem atribuições e responsabilidades no processo e devem construir um caminho que permita a obtenção de informação estratégica para tomada de decisão.

O lado da revenda

E, como a revenda faz para financiar esses produtores? Vitor Hugo de Freitas e Silva Campos, gestor da Safira Investimentos, entende que possa ser complexo esse meio. “Todavia, em conjunto com o mercado financeiro, nós da Safira Investimentos podemos assessorá-los em como fazer, e acessar esse mercado de crédito. As revendas hoje em dia podem tomar créditos lastreados em títulos, os quais elas têm para receber. Com isso, gera-se uma tomada de crédito para a empresa financiar os produtores”, pontua.

Além do mercado de capitais, a Safira Investimentos assessora na otimização do caixa da empresa e em derivativos, pois o barter alinhado com estratégias pode mitigar os riscos, até mesmo de Washout. Afinal, caso a revenda utilize de alguma estratégia em que o produtor possa participar da alta, não há motivos do mesmo praticar o Washout, porque não haverá gap de oportunidade.

“Hoje em dia, o que é mais comum e utilizado nas revendas é a CPR física, em que o produtor faz a CPR com compromisso de sua safra e quita os débitos entregando um número de sacas de grãos no período acordado, na maioria das vezes já travando ao menos os custos de produção”, explica Vitor Hugo.

Mas, por ser o mais comum, o barter físico exige cuidados. Ao citar o exemplo da penúltima safra de milho, o produtor tinha milho travado a R$ 35,00 por saca, e quando chegou a data do pagamento da dívida, a saca estava custando R$ 70,00. Com isso, houve vários casos de Washout, pois mesmo pagando a multa, o produtor ainda obteve lucro na venda dos grãos.

Vantagens do barter financeiro

Nos últimos tempos, tem-se difundido no mercado brasileiro o barter financeiro, até mesmo pelas últimas altas expressivas de preços. Para Vitor Hugo, sua maior vantagem é a liberdade que se tem na escolha da estratégia mais lucrativa.

“Caso o produtor queira, ele pode deixar o grão em aberto, travar uma parte ou simplesmente fazer a trava da totalidade de sua produção no mercado futuro. De outro lado, há instituições financeiras que trabalham as linhas de R.O. Observando-se leigamente, há a impressão de que o custo efetivo é atrativo, por se tratar de uma taxa presumivelmente baixa. Porém, analisando os detalhes de tal operação, nota-se que o custo final é consideravelmente mais alto, pois há o atrelamento de títulos de capitalização, pagamento de projeto agronômico, entre outros fatores que ficam nas letras pequenas desse contexto”, alerta.

Na Safira Investimentos há a possibilidade de custeio agrícola, em que o produtor consegue uma linha de crédito sem a necessidade de trava dos grãos. Se necessário, pode ser analisado caso a caso, para se aventar outras modalidades de linhas de crédito.

Considerando os cenários observados nas últimas safras, caso um produtor tenha feito uma CPR financeira com a revenda, ele aproveitou toda a alta do grão, teve um custo efetivo menor com a revenda, e consequentemente diminuiu o risco de Washout.

Porém, assim como o mercado descolou para a alta, ele pode descolar para a queda. E é nesse contexto que a atenção deve ser redobrada, pois deixar de ganhar R$ 10,00, R$ 20,00 ou R$ 30,00 é uma situação, mas perder efetivamente esses mesmos R$ 10,00, R$ 20,00 ou R$ 30,00 por saca é um pesadelo mais profundo.

Realidade da safra

Na safrinha 2022, Vitor Hugo observou um exemplo de queda de preços, em que muitos esperavam que o preço do milho continuasse sua escalada, sendo a realidade outra. Muitas indústrias de ração, por exemplo, ao invés de comprarem milho, compraram sorgo, não se percebendo uma procura assídua por milho, o que consequentemente fez com que o preço corrigisse ainda mais para baixo.

“Há de se vislumbrar toda a matemática da situação, e calcular toda a conta que ficaria com a revenda. Quantas sacas a mais um produtor teria que entregar? É exatamente aí que se encontra a importância de se ter uma assessoria especializada, a fim de encontrar a estratégia ideal para cada caso. No fim do dia, a decisão é sempre do produtor, mas a sensatez e busca por profissionais com experiência valem a pena”, destaca o especialista.

Com a profissionalização do barter, o mercado vem ficando mais atento a outras oportunidades que o mercado financeiro proporciona, com o boi gordo, o custo de produção x e o preço da venda? Por quanto o produtor vai vender na frente? Vai depender de preço de frigorifico? E se vier a vaca louca de 2021?

“Barter em boi gordo também fazemos mitigação de riscos. O custo, nesse caso, é a operação de hedge no mercado futuro, contrato de boi gordo, e o produtor pode se hedgear no milho também para não contar com volatilidade no grão e ter um aumento expressivo na ração, que foi o que aconteceu nas últimas safras”, expõe Vitor Hugo.

Assim como ele mencionou os exemplos de hedge milho no barter físico, os custos são semelhantes ao do boi gordo – em alguns casos paga-se apenas o prêmio do mercado futuro, visto que a assessoria da Safira não tem custo financeiro para o cliente.

Diante dos últimos cenários econômicos, preços nas comodities, políticas, devemos pensar: faz sentido fazer o barter financeiro? E o barter físico? Quando fazer o barter físico? Quando fazer o barter financeiro? O barter é uma excelente ferramenta, mas é preciso assessoria para que toda cadeira seja otimizada, pois ainda que seja bastante difundida no mercado, ainda é pouco otimizado nas questões financeiras.

E o mercado financeiro tem um leque de oportunidades a ser galgado por todos nesse meio.

A voz do produtor

Uma das funções do Sindicato dos Produtores Rurais é proporcionar aos associados acesso à informação. Assim, Greice Kelli Fontana Klein, presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Luís Eduardo Magalhães (SPRLEM), entende a importância de que os produtores conheçam os benefícios e os riscos das operações de barter, já que este vem sendo utilizado pelos mesmos.

“Nosso sindicato tem como base territorial as cidades do Oeste da Bahia: Luís Eduardo Magalhães, Correntina, Jaborandi, São Desidério, Baianópolis, Cristópolis, Riachão das Neves e Angical. Assim, todos os produtores que possuem atividades nestas cidades são por nós representados. Mas, temos um quadro de 335 associados com direito a participar das assembleias e compor a diretoria da entidade”, informa.

Serviço em prol do campo

O Sindicato dos Produtores Rurais de Luís Eduardo Magalhães tem desenvolvido, desde sua fundação, no ano de 2001, em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), diversas ações voltadas à representação do produtor rural junto às instituições públicas e privadas.

O SPRLEM oferece diversos serviços nas áreas de promoção social, por meio de vários programas de aprendizagem. O sindicato ainda conta com diretorias técnicas que analisam e buscam soluções nas áreas ambientais, de irrigação, sequeiro, grãos e fibras, pecuária, logística, capacitação, contábil e tributário, agricultura familiar, jurídica, marketing e ainda as diretorias Agro Parceiras e o Sindicato Jovem, voltados para o desenvolvimento das mulheres e dos jovens no setor.

O Sindicato dos Produtores Rurais de Luís Eduardo Magalhães faz parte do sistema sindical, instituído pela Constituição Federal, composto por federações de agricultura dos Estados e a Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). “Juntos, formamos a maior instituição de defesa do agronegócio brasileiro, o que faz com que as demandas do setor sejam defendidas em todas as esferas, seja municipal, estadual ou federal”, diz Greice Kelli.

O Sindicato abrange, no total, oito municípios da região oeste da Bahia, que é a principal produtora de grãos do Estado. Produz em larga escala soja, milho, algodão, café, arroz, fruticultura e feijão, sendo que as que mais se destacam são: soja, milho e algodão.

 A Soja é o carro chefe da produção agrícola do Oeste da Bahia com produção de 7.155.600 (t) na safra 2021/2022, seguida pelo milho, sendo responsável por 66% de toda produção do estado, com produção de 2.205.000 (t) na última safra.

 Nos últimos anos, o grande destaque é o algodão que tem se desenvolvido bastante, se tornando o primeiro em qualidade do País, e fazendo da região, a segunda maior produtora nacional, com produção de 1.388.070 (t) na safra 2021/2022

A região oeste da Bahia se destaca ainda pela alta tecnologia empregada nos meios de produção, o que reflete em alta produtividade das culturas, desenvolve produção sustentável, que preza pelo cumprimento das leis vigentes no país e várias ações de proteção ambiental e de desenvolvimento econômico e social da população regional.

– A entidade que financia os insumos acerta o preço com o produtor (contrato de compra e venda, com base na cotação em bolsa

– Um contrato para as empresas que fornecem os insumos e comercializam os grãos.

–  O produtor trava um percentual do custo da lavoura em sacas, das comodities que ele produz, formalizando seu compromisso de pagamento por meio de uma CPR

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