Barbara Rubim
CEO da Bright Strategies e vice-presidente do Conselho da ABSOLAR para geração distribuída
barbara@br-strategies.com
A energia solar fotovoltaica e o agronegócio têm uma relação intrínseca. Primeiro, porque no agro há uma disponibilidade de grandes áreas para a geração própria de energia.
A geração de energia solar é uma ferramenta que vem sendo muito utilizada pelos produtores rurais para reduzir os custos de produção e também para ter previsibilidade de custos futuros.
É importante destacar que essas áreas podem ter não só a geração de energia solar, mas também o cultivo de diversas espécies que convivem bem com o sombreamento trazido pelo sistema fotovoltaico.
Essa integração entre a energia solar e o cultivo de algumas culturas é chamada de agro fotovoltaico. Isso, por si só, já é um benefício enorme da energia solar para o agro, pois reduz os custos, e se aquele produtor rural tiver uma área disponível ali dentro da sua fazenda, por exemplo, ainda que ele não tenha interesse em gerar a energia para si, ele pode arrendar, alugar um pedaço dessa propriedade para outra empresa que tenha interesse em fazer esse investimento, aumentando então o rendimento que ele tem com aquela localidade.
Considerações
No que diz respeito aos fatores que devem ser avaliados antes de investir em energia, o principal ponto é o perfil de consumo. Isso porque os consumidores rurais, muitas vezes, possuem tarifas de energia diferenciadas, exigindo um sistema adequado.
Entender e respeitar essa tarifa diferenciada é essencial para que o produtor rural obtenha o melhor retorno possível de seu investimento. O segundo ponto a ser avaliado é a adequação dos equipamentos e da estrutura, que devem ser considerados para a instalação do sistema, considerando a realidade e a área em que a instalação será feita.
É importante lembrar que este é um investimento em uma infraestrutura que durará cerca de 25 anos, portanto, garantir a robustez e a adequação desses equipamentos é um ponto essencial neste processo.