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Relação entre nutrição e fertilidade do solo

José Luis da Silva Nunes

Engenheiro agrônomo e doutor em Fitotecnia – Grupo Técnico do Badesul Desenvolvimento, Agência de Fomento do Estado do Rio Grande do Sul

silva.nunes@ufrgs.br

Crédito Shutterstock
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A adubação pode ser definida como a adição de nutrientes de que a planta necessita para viver, com a finalidade de obter colheitas compensadoras de produtos de boa qualidade nutritiva ou industrial, provocando-se o mínimo de perturbação no ambiente. Sempre que o fornecimento dos nutrientes pelo solo for menor que a exigência da cultura, torna-se necessário recorrer ao uso de adubos.

Para que as relações sejam perfeitamente estabelecidas visando a obtenção do máximo potencial da cultura com a mínima interferência no ambiente, é necessário o estabelecimento de determinadas avaliações com base nas análises e/ou sintomas de carência e nos aspectos de rendimento e qualidade do produto obtido: determinação dos elementos limitantes; estabelecimento das quantidades necessárias; época de aplicação; localização; rentabilidade; efeito na qualidade do produto colhido; e efeito na qualidade do ambiente.

 

Amostragem de solo

Como não é possível analisar o solo como um todo, analisa-se uma pequena parte (amostra) que irá representar uma área muito grande. A amostragem é a primeira etapa de um programa de avaliação da fertilidade do solo.

Uma amostragem inadequada pode resultar em análise, interpretação e recomendação equivocadas, podendo causar graves prejuízos econômicos ao produtor. Os laboratórios, não conseguem minimizar ou corrigir os erros cometidos na amostragem.

A amostragem consiste em obter uma porção representativa de área com características as mais homogêneas possíveis. Para áreas com características homogêneas, a informação de apenas um elemento pode ser extrapolada para toda a população, sem a possibilidade de erros, enquanto que no caso de áreas com características heterogêneas, tal procedimento não satisfaz.

Neste caso, quanto maior a heterogeneidade da população, maior deverá ser o número de amostras para a obtenção de uma estimativa que aproxime do verdadeiro valor médio.

A análise química de solo para fins de avaliação da fertilidade é realizada em laboratórios de análise de rotina. Os resultados de pH (H+), alumínio trocável (Al+³), saturação por alumínio (valor “m“), sódio trocável (Na+) e índice de saturação por sódio são características do solo indicadores de condições de estresse ou de impedimento químico.

Os resultados de cálcio (Ca+²) e magnésio trocáveis (Mg+²) são utilizados principalmente para determinar doses de corretivos. Os teores de fósforo (P), potássio (K), Ca+², Mg+² e micronutrientes obtidos por soluções extratoras são indicadores de disponibilidade destes, sendo usados para a definição de doses de adubação.

Os resultados de acidez potencial (H + Al), matéria orgânica, soma de bases (SB), saturação por bases (valor V), capacidade de troca catiônica total (T) e efetiva (t), e fósforo remanescente (P-rem) dão informações complementares para a interpretação da análise de solo.

Por fim, a análise de solo é um instrumento idôneo para definir a aplicação de corretivos e fertilizantes em áreas de exploração agropecuária. Ela estima a capacidade do solo de suprir determinados nutrientes às plantas, auxiliando no planejamento e programa de adubação e calagem.

Essa matéria você encontra na edição de novembro 2017 da revista Campo & Negócios Grãos. Adquira já a sua.

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