Caio Alves
Coordenador Técnico de Produtos – Aqua do Brasil
A fotossíntese, fonte de energia para as plantas, dá início a toda cadeia alimentar. Sem ela, seres heterotróficos, como nós, seriam incapazes de sobreviver.
Apesar da essencialidade desse fenômeno da natureza para produção de alimentos, energia e outros produtos agrícolas, pouco falamos na agronomia. Talvez por ser um processo sem custo, já que para ocorrer, a planta ‘só’ precisa de água e gás carbônico, na presença da luz solar, e fazer a conversão em glicose e gás oxigênio.
Podemos resumir essa combinação na seguinte expressão:
6 CO2 + 12 H2O à C6H12O6 + 6 H2O + 6 O2
Gás carbônico Água Glicose Água Oxigênio
Importância da energia para as plantas
Técnicos e agricultores sempre dão atenção especial à nutrição. Fazem a correção do solo com calcário e gesso, fornecem as quantidades de nitrogênio, fósforo e potássio requerida para atingir patamares de produtividade economicamente satisfatórios, porém pouco, ou dependendo da cultura, nada se fala de manejo de energia nas plantas.
Aqui chamamos de energia o principal produto da fotossíntese, a glicose, que pode ser convertida em amido e acumulado em ramos e raízes (figura 1), tornando-se uma reserva enérgica estratégica para plantas, ou prontamente utilizada no metabolismo vegetal na forma de carboidratos mais simples, como a sacarose.
Figura 1. Teste do amido. As plantas fazem a reserva energética na forma de amido em ramos e raízes. Uma prática simples de campo para fazer uma análise visual se há amido nesses tecidos é passar iodo em um ramo ou raiz cortada longitudinalmente. O iodo reage com o amido, deixando a região escura. Caso não tenha amido, não ocorre a reação e a região permanece clara.
Interferência
Muito fatores podem interferir na produção de energia pela planta. Estresses abióticos, como altas temperaturas e déficit hídrico, podem levar ao fechamento estomático, diminuindo a entrada de CO2, matéria-prima para produção da energia, além de gerar radicais livres, que podem danificar o aparato fotossintético.
Dia nublados por longos períodos também podem afetar diretamente a eficiência da produção da energia, especialmente se a planta se encontra em uma fase de alta demanda energética, como florescimento ou frutificação.
Culturas perenes
Em culturas perenes, como, por exemplo, no café, é observado o fenômeno da bienalidade, um ano com alta produção, seguido de um ano de baixa produção. As reservas energéticas das plantas ajudam a explicar esse fenômeno.
Quando há alto teor de reserva de energia, acúmulo de amido nos ramos e raízes, há um bom florescimento, pegamento de flores e frutos, resultando em altas produtividades. No ano seguinte, em que não se faz o manejo de reposição de reserva, a planta está exaurida em termos de reserva, consequente, tem baixo florescimento, pegamento de flores e frutos, resultando em baixa produtividade, que pode ser ainda mais drástica caso ocorram períodos de estresses durante o desenvolvimento da cultura.
Uma forma de minimizar tal efeito seria fazer um manejo visando à reposição energética da planta, como se faz nas culturas de uva e manga, no Vale do São Francisco, onde se tem altas produtividades toda safra.
Otimizando a fotossíntese
Pouco tem se dedicado à pesquisa e desenvolvimento de ferramentas para melhorar o processo fotossintético. No mercado, há muitos produtos, como aminoácidos e extratos de algas, que podem contribuir no processo, mas de forma diminuta, pois seus principais benefícios são a mitigação de estresses abióticos.
A Aqua do Brasil tem em seu portfólio o Revipower, com exclusiva tecnologia Triapower, que promove a melhoria do processo fotossintético, por meio do aumento no teor de clorofilas e cloroplastos, na atividade da enzima Rubisco, mitigação de estresses oxidativos, entre outros efeitos, resultando em ganhos de produtividade.
Revipower tem sido adotado e recomendado pelos consultores e produtores mais renomados nas mais diversas culturas.