Osmar Bonin Junior
Gerente de Vendas e Desenvolvimento de Produtos da Yuksel Seeds
O Brasil se destaca entre os maiores produtores de tomate no mundo, ficando entre os dez primeiros entre área cultivada e produção. Destaca-se com o tomate de mesa para consumo interno.
Diversas variedades são cultivadas durante todo o ano em nosso país, e uma das técnicas indicadas é a enxertia, para que os agricultores possam atrelar à produção a resistência às principais doenças.
No Brasil, segundo a Embrapa, os primeiros registros da utilização da enxertia em hortaliças foram na década de 50, na região norte do país, quando produtores começaram a enxertar plantas de tomate com “Jurubeba Juna” – planta nativa da região, como alternativa para controlar murcha bacteriana, causada pela bactéria Ralstonia Solanacearum, uma das principais doenças da cultura do tomate nas condições tropicais e subtropicais que temos.
Sendo causadora de danos econômicos à produção e consequências epidemiológicas em campos comerciais do cultivo, provoca severa perda da capacidade produtiva na cultura.
Com o passar dos anos e o cultivo intenso em regiões de produção no Brasil, surgiram novas necessidades, como resistências a outras doenças e incremento de produtividade e qualidade.
Enxertia como solução
A opção pela enxertia se dá pela segurança na produção; maior rentabilidade, auxiliando no combate de doenças e pragas. Ao final, o produtor terá plantas mais vigorosas e resistentes, com maior sanidade.
Este é um método de propagação vegetal que consiste na junção de tecidos de duas plantas diferentes, com o principal objetivo de conciliar características que buscam uma melhoria entre as variedades.
A planta inferior, o porta-enxerto, contribui com as raízes e com a haste inferior do caule, responsável pelo suporte da nova planta, pela absorção de água, nutrientes e pela adaptação às condições do solo, buscando vigor e resistência a doenças e pragas.
Mais segurança
Hoje, no Brasil, temos nas mais variadas regiões de produção de tomates, de norte a sul, necessidades em relação à pressão de doenças.
A enxertia e variedades de porta-enxertos podem auxiliar com maior segurança na produção, ajudando no manejo das áreas de cultivo e, principalmente, na rentabilidade dos produtores em relação à incidência de doenças, como a murcha de verticilium, fusarium e suas principais raças, murcha bacteriana e pragas, como os nematoides.
Principais objetivos da enxertia na cultura do tomate:
Aumentar e balancear o vigor da planta;
Resistência as principais doenças de solo;
Maior tolerância à seca e alagamentos;
Maior tolerância à nematoides;
Tolerância aos demais estresses abióticos, como salinidade e deficiência de nutrientes;
Uso rentável de fertilizantes.
Orientações
É sempre bom lembrar que a utilização da enxertia na cultura do tomate é uma ferramenta para a produção. Portanto, é essencial a escolha de um bom viveiro de propagação, que siga todas as orientações necessárias para ter qualidade nas mudas.
Igualmente importante é a escolha correta da variedade do porta-enxerto, visando melhorias em relação à resistência e vigor, para uma melhor produtividade, levando em consideração a região e o histórico do solo onde será a produção.
O plantio é outro passo para o sucesso, e os produtores têm que se atentar para a área estar bem-preparada e a muda a ser plantada estar em ótima condição, seguindo as orientações técnicas, como por exemplo, deixar a inserção da enxertia no caule, fora do contato com a terra, para não haver enraizamento da parte superior.
Passado ou futuro?
A enxertia no cultivo do tomate já é uma realidade que está crescendo no Brasil e trazendo maior rentabilidade para os produtores e qualidade ao produto. É muito importante, portanto, os produtores procurarem técnicos para auxiliar no manejo do plantio de mudas enxertadas.
A Yuksel Seeds, empresa de sementes de vegetais, recém-chegada ao Brasil, possui ampla participação mundial no mercado de sementes e grande experiência genética com variedades de porta-enxertos e outras culturas.
Com mais de 30 anos de experiência e sede na Turquia, um dos três maiores países produtores de tomate no mundo, está trazendo e desenvolvendo diversas variedades de porta-enxertos para as regiões produtoras de tomate no Brasil.
Possui certificações de qualidade extremamente, importantes, como o GSPP (Good Seed & Plant Practices) – para a produção de sementes e para a enxertia. O selo GSPP confere garantia de sanidade ao produto, uma vez que assegura excelência na gestão dos processos de produção, processamento de sementes e cultivo de plantas, prevenindo infecções por patógenos.
A Yuksel Seeds, empresa com infraestrutura laboratorial e pesquisa de referência mundial, visa a sustentabilidade, rentabilidade e melhorias para a tomaticultura no Brasil. Para isso, oferece genética e qualidade em suas variedades, para as diferentes necessidades dos produtores, prioridade para a empresa.